O papa João Paulo II visitou a Argentina, a fim de convencer o governo pelo fim da Guerra das Malvinas, conduzindo uma mensagem de paz ao povo. Dia 14 de junho, Benjamín Menéndez, general das Forças Armadas argentinas, apresentou a rendição. Era a maior crise vivida durante o regime militar. Em um pouco mais de dois meses de guerra mais de setecentas pessoas foram mortas e quase duas mil ficaram feridas. Os protestos aumentavam, assim como as violentas repressões.
Nos dias seguintes à rendição argentina, a Junta Militar discutiu a sucessão presidencial, decidindo que o governo seria de transição até 1984, sob o comando do general Reynaldo Bignone que ocuparia a presidência, com o apoio unicamente do Exército. Nesse cenário, os organismos de direitos humanos realizou a Marcha da Resistência, reivindicando notícias dos desaparecidos. O desdobramento mais impactante foi a jornada nacional de protesto contra a ditadura em 16 de dezembro que reuniu cem mil pessoas na Praça de Maio, ocorrendo muita repressão e o assassinato do manifestante Dalmiro Flores.
Em consequência da intenção dos militares de estenderem o poder até 1984, o desgaste do modelo econômico adotado, somado à derrota na Guerra das Malvinas e a mobilização social, fomentaram a convocatória das eleições para outubro de 1983. Foi dissolvida a Junta Militar em 6 de dezembro de 1983 e, em 10 de dezembro, imerso em muita euforia popular, assumia o presidente Raúl Alfonsín, eleito pelo voto popular, marcando a tão almejada volta da democracia.