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N a Argentina, o golpe de Estado deflagrado em 24 de março de 1976, faz parte de um processo de fortalecimento político das Forças Armadas, desde o governo de Juan Domingo Perón. A situação política era tensa, principalmente com a sucessora María Estela Martínez Perón, já que as repressões contra os movimentos de esquerda foram intensificadas, dando início às práticas de terrorismo de Estado. Assim como no Brasil, a Junta Militar assumiu o poder na Argentina em nome do autodenominado “Processo de Reorganização Nacional”.

A partir de então, desde o início da ditadura, a Argentina foi palco de muita repressão: a Presidente da República María Estela Martínez de Perón foi presa juntamente com os seus ministros e muitos defensores do Peronismo. As Forças Armadas, portanto, ocuparam as principais sedes do poder político, estações de rádio e televisão de Buenos Aires e outras cidades do país. O golpe era consumado com o governo de uma Junta Militar, integrada pelo general Jorge Rafael Videla, o almirante Emilio Eduardo Massera e o brigadeiro Orlando Ramón Agosti.

A priori, o governo contou com a aprovação de setores da população alarmados pela crise do governo anterior e pela violência que se processava no país. Os militares prometiam devolver a ordem e sanar os problemas da economia argentina que tem uma forte tradição golpista. No entanto, a diferença desse golpe com relação aos anteriores é que havia uma forte integração entre o Exército, a Marinha e a Aeronáutica para colocar em prática um plano de reforma econômica e disciplinamento social que favorecia os setores empresariais e eliminaria as oposições ao regime.
 
Há de se destacar que o governo autoritário na Argentina (1976 – 1983) adquiriu uma feição extremamente atroz com sequestros e desaparecimentos de muitas vítimas. Elas eram encaminhadas para os Centros Clandestinos de Detenção (CCD) onde eram torturadas, assassinadas e enterradas ou atiradas ao mar nos chamados “voos da morte”. Dessa forma, torturas físicas e psicológicas, partos forçados, sequestros de filhos de militantes que nasciam em hospitais militares ou CCD foram práticas comuns do terrorismo de Estado, desde o início da ditadura civil-militar argentina, gerando um trauma que perpassa por diferentes gerações.

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